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Contratações do Banco da Amazônia com recursos de fomento atingem R$ 4,64 bi na região Norte em 2018


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A principal instituição de fomento da região amazônica, o Banco da Amazônia, divulgou suas demonstrações financeiras e comemora o valor atingido nas contratações de recursos de fomento (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO e outras fontes) que foi de R$ 5,35 bilhões em toda a região, sendo que apenas de FNO, foram contratados R$ 4,64 bi, contemplando 16.161 projetos.

De acordo com o Relatório de Administração, essas contratações tiveram um acréscimo de 64%, quando comparado ao mesmo período de 2017, o que demonstra um aumento de R$ 2 bilhões em operações contratadas, em decorrência principalmente da elevação no nível de contratações do FNO, superior em R$ 1,77 bi. Destaca-se ainda, o incremento das contratações em BNDES, variando positivamente em 231%, correspondendo a R$ 236 milhões contra­tados a mais em relação a 2017.

Para dar ampla visibilidade aos números de 2018 da Instituição, o presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira, na sala Rio Tocantins, 14º andar da sede do Banco. Ele informou sobre o lucro e os principais números da Instituição e as perspectivas para 2019, bem como os projetos para expansão da concessão do crédito na região e aplicação dos recursos orçados que são da ordem de R$ 12 bilhões para toda a Amazônia e R$ 9 bi para a Região Norte:

Lucro Líquido e Patrimônio Líquido (PL)

O Banco da Amazônia apresentou lucro líquido de R$109,1 milhões, no exercício de 2018 (R$ 64,5 mi­lhões em 2017) e o Patrimônio Líquido atingiu R$1,93 bilhão, superior 2,8% em relação a 2017 (R$1,88 bilhão).

Com relação aos seus Ativos Totais, foram obtidos R$ 18,93 bilhões o que representa um crescimento de 11,7%, em comparação ao ano de 2017 (R$ 16,95 bilhões). Houve ainda maior in­cremento a carteira de títulos e valores mobiliários, permanecendo como o item de maior participação no grupo contábil, 62,5%, R$ 11.830,1 milhões (56,3% em 2017, R$ 9.545,2 milhões).

Segundo o Balanço do Banco, os ativos totais do FNO apresentaram aumento de 10% em relação a 2017, motivado pela elevação de 33,3% da disponibilidade do FNO e de 2,9% da carteira de crédito, sendo a maior parte da carteira de crédito composta por operações com risco compartilhado, representando 97,0%, e um crescimento de 9,5%, enquanto que o risco integral do Fundo que corresponde a 3,0% da carteira apresentou redução de 2,9% no mesmo período.

CAPTAÇÃO DE MERCADO

captação global do Banco no exercício 2018 teve um acréscimo de 11,80%, comparando ao exer­cício de 2017, apresentando crescimento no Depósito à Vista, Poupança, Depósito de Investimento e Depósito a Prazo. Esse crescimento decorre das estratégicas voltadas ao Depósito de Investimento de empresas localizadas na região Norte.

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

O Banco da Amazônia teve um acréscimo de 63% na aplicação de recursos para as Micro e Pequenas empresas. A instituição aplicou o valor de R$ 446,70 milhões, em 2.419 operações.

PATROCÍNIOS

Os investimentos do Banco da Amazônia na área de Patrocínios destinam-se a contribuir com o aten­dimento às políticas públicas, compromisso com o desenvolvimento e a sustentabilidade econômica, social e ambiental, priorizando a difusão da cultura regional, realizando parceria com os diversos atores sociais dos estados amazônicos onde o Banco atua. Esta atuação colabora com a geração de oportu­nidades de trabalho, emprego e renda, auxiliando a melhoria da qualidade de vida e acesso à inclusão social e à cultura, além de auxiliar no treinamento de atletas e geração de novos negócios, tornando o Banco uma das empresas que mais investe em patrocínios na Região.

Por meio dos Editais Públicos de Patrocínios, em 2019, o Banco da Amazônia vai patrocinar 112 projetos que abrangem os segmentos social, cultural, esportivo, ambiental e de eventos (feiras, congressos e exposições) dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. O valor destinado para patrocinar estes projetos será de R$ 2,55 milhões.

A Instituição também publicou o resultado do Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais 2019, o qual selecionou três projetos, e a Chamada Pública da Lei Rouanet 2019, que escolheu onze iniciativas culturais para receberem apoio financeiro do Banco.

PERSPECTIVAS PARA 2019

Segundo o presidente do Banco, Valdecir Tose, em 2019, a Instituição planeja operacionalizar os repasses de recursos do FNO para as instituições operado­ras credenciadas, a fim de dinamizar as aplicações nos diversos setores econômicos. “Vamos repassar, para atuação em segundo piso, para instituições financeiras devidamente autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, como agências de fomento, bancos, cooperativas de crédi­to, entre outras, seguindo as boas práticas de risco e de crédito”, comenta.

Assim, o Banco poderá cumprir com o desafio de aplicar todo o recurso do FNO para 2019, cujo montante projetado é de R$ 9,3 bilhões, considerando as potencialidades e oportunidades de investimentos identificadas conjuntamente com os órgãos governamentais e as entidades públicas e privadas, bem como a distribuição histórica das aplicações do FNO e o marco regulatório dos fundos constitucionais.

O principal foco de atuação do Banco é a concessão de crédito de longo prazo, direcionado para aplicações em atividades produtivas que impulsionam o desenvolvimento regional. “Atendemos, em conformidade com a Política Nacional de Desenvolvi­mento Regional (PNDR), aos segmentos de menor porte, seguindo as diretrizes e orientações das políticas públicas, bem como os planos e programas do governo federal, dos governos estaduais e dos governos municipais, de maneira a integrar seus esforços aos de outras esferas de go­verno e também de atores da sociedade civil organizada, associações e representações dos segmentos produtivos”.

Para este ano, o plano de aplicação de recursos do FNO do Banco da Amazônia traz como novidade alinha “Energia Verde”, que apoia a produção de energias renováveis na região e o “FNO Infraestrutura”, com recursos destinados para obras que beneficiem a vida da população, como saneamento básico, telecomunicações, transporte, dentre outras. No entanto, o Banco opera com outras fontes de recursos como Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), BNDES e do Orçamento Geral da União (OGU).

O presidente Valdecir Tose explica que o FNO Energia Verde é destinado a apoiar o financiamento da produção de energias renováveis para consumo próprio de empreendimentos, sendo beneficiários os produtores rurais e não rurais pessoas físicas ou jurídicas e as cooperativas de produtores rurais, além de micro e minigeradores de energia elétrica pessoa física ou jurídica. No setor não rural, é dirigida a pessoas físicas, micros, pequenas, pequeno-médias, médias e grandes empresas. 

“Entre as vantagens desta linha estão as menores taxas do mercado, o amplo prazo para pagamento, a isenção do IOF e o bônus de adimplência, sendo que podem ser financiadas atividades de agricultura, pecuária, aquicultura, pesca e agroindústria de produtos agropecuários. No setor não rural, o FNO Energia Verde alcança atividades nas áreas de turismo, cultura, comércio, prestação de serviço e projetos de infraestrutura econômica, além de agroindustriais e industriais voltadas à exportação”, informou o presidente. 

Em termos práticos, é possível financiar painéis solares, inversores e reguladores, baterias, aquecedores de água, micro e minigeradores eólicos, pequenas centrais hidrelétricas, e os ganhos obtidos com a geração da chamada energia limpa vão da proteção ao meio ambiente ao bolso do empreendedor, visto que a produção de energias renováveis e sustentáveis possibilita aos nossos clientes não só a redução de custos com a própria energia elétrica, como também, a exemplo do estado do Tocantins, descontos no IPTU. 

Para pessoas físicas, o Banco lançou, no início deste mês, o FNO-Energia Verde-PF, produto criado para induzir, estimular e apoiar, através de financiamento, a implantação de  sistemas de produção de energia por fontes renováveis, destinadas ao consumo residencial, contribuindo para a expansão da matriz energética regional em bases sustentáveis. “O financiamento poderá contemplar central de energia, placas fotovoltaicas, inversores, equipamentos, serviços e demais despesas necessárias a instalação do sistema do cliente”, informa o gerente de produtos do Banco, José Alex Aires. 

O prazo de Pagamento é de até oito anos, incluída a carência de até seis meses. O Banco poderá financiar até 80% do valor do projeto de implantação do sistema de geração de energia do cliente. A taxa de juros é definida através da Taxa de Juros dos Fundos Constitucionais – TFC, conforme estabelecido no Art, 1º-A da Lei nº 10.177/2001.  Para as operações contratadas em fevereiro/2019, as taxas a serem aplicadas aos financiamentos, foram estimadas entre 5,40 e 7,82%  ao ano. 

Os interessados devem ter, antes de se dirigirem às agências do Banco da Amazônia, proposta comercial; projeto aprovado pela concessionária; parecer de acesso emitido pela concessionária; ART do projeto; histórico de consumo de energia elétrica dos últimos 12 meses.

Com relação ao FNO-Infraestrutura, a gerente executiva de Planejamento do Banco, Márcia Mithie, informa que essa linha vem ao encontro das necessidades estruturais de que a região tanto carece, pela escassez e insuficiência de recursos públicos destinados a supri-las e pelas deficientes condições de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, armazéns, telecomunicações, energia, água e esgoto, lixo, entre outras.

Eduardo Kopanakis / rondorural.com

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